segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Elisa Lucinda

Memória de um Silêncio Eloquente

Para ti
sempre tive um infinito
estoque de perdão.
Só para ti
perdoei mais que suportava,
mais do que pude.
Minha cerca-limite era sem estatuto, 
não tinha um não delimitando nada.
Fui perdoando assim de manada
e muitos erros desfilaram me ferindo,
nos interferindo silenciosos,
sem ninguém denunciar.

Perdoa a dor que te causei,
é que você estava há tempos me machucando
e eu não gritei.


(Elisa Lucinda)

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