quinta-feira, 26 de abril de 2012

Serviço - Senai oferece mais de 1,3 mil vagas para cursos gratuitos no Sul de MG

Senai oferece mais de 1,3 mil vagas para cursos gratuitos no Sul de MG


Candidato deve ter entre 16 e 23 anos.
Vagas são para cursos de aprendizagem industrial e técnicos

O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) abriu inscrições para mais de 1,3 mil vagas de cursos de aprendizagem industrial e técnicos. São 11 cidades da região Sul de Minas que oferecem vagas gratuitas para os interessados. O prazo final para as inscrições é até o dia 4 de maio. 

O candidato tem que ter entre 16 anos e 23 anos e já ter concluído ou estar matriculado no ensino médio. A taxa de inscrição para os em cursos de aprendizagem industrial é de R$ 10 e a taxa para os cursos técnicos é de R$ 20. 

Entre os cursos oferecidos estão os de instalação elétrica, manutenção mecânica de automóveis, processos administrativos, soldador, eletricista de automóveis, usinagem mecânica, controle de qualidade, etc. A disponibilidade varia de acordo com as unidades do Senai. 

Confira a quantidade de vagas e as cidades que possuem unidades disponíveis: 
Poços de Caldas - 270 vagas 
Varginha – 230 vagas 
Pouso Alegre – 225 vagas
Itajubá – 140 vagas
Santa Rita do Sapucaí – 140 vagas
Extrema - 120 vagas 
São Sebastião do Paraíso – 80 vagas 
São Gonçalo do Sapucaí – 75 vagas 
Lavras – 50 vagas 
Três Corações – 25 vagas 
(Fonte: G1 Sul de Minas)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dica de diversão - Baile de gala


Clique na imagem para vê-la em tamanho maior.

Você sabia? - Maldição dos Bragança

Maldição dos Bragança
Você já ouviu falar na Maldição dos Bragança?
Segundo a tradição monárquica o primeiro filho homem do rei deveria herdar o trono de seu pai. Era a regra da hereditariedade da coroa, um direito divino conferido às famílias de sangue azul que compunham a Europa. Uma tradição seguida à risca durante séculos que despertou muitas desavenças entre irmãos, tragédias familiares e a fome de poder fazendo vítimas. 
A Dinastia de Bragança foi a Quarta Dinastia de reis portugueses, que reinou em Portugal entre 1640 e 1910. Foi também a dinastia imperante no Império do Brasil (1822 - 1889). 
Conta a lenda que a "maldição" teria se iniciado no reinado de Dom João IV de Portugal, fundador da Dinastia dos Bragança, quando o monarca teria agredido um frade franciscano aos pontapés após este ter-lhe implorado por esmola. O frade, em resposta, rogou uma praga ao rei, dizendo que jamais um primogênito varão dos Bragança viveria o bastante para chegar ao trono.
De fato, a partir de então, quase todos os primogênitos varões daquela dinastia morreram antes de reinar. Um século após a maldição, Dom João VI e Dona Carlota Joaquina tentaram revertê-la, fazendo visitas anuais aos mosteiros franciscanos de Lisboa e Rio de Janeiro, sem resultados. Com raras exceções (apenas dois casos), os primogênitos do ramo real dos Bragança nunca assumiram o trono.
A “maldição” só acabou quando a família perdeu a soberania tanto em Portugal quanto no Brasil. 

Em Portugal 
  • Dom Teodósio (1634–1653) – primogênito do próprio Dom João IV, morto aos dezenove anos de idade, deixou a sucessão da coroa a seu irmão Dom Afonso VI, quem, morrendo sem descendentes diretos, transmitiu a coroa a seu irmão Dom Pedro II de Portugal; 
  • Dom João (1688 - 1688) – primeiro príncipe deste nome, primogênito de Dom Pedro II de Portugal, faleceu com apenas um mês de vida. Abriu caminho ao trono para o segundo João, que reinou como Dom João V; 
  • Dom Pedro (1712–1714) – primeiro varão de Dom João V, viveu somente dois anos. Seu irmão Dom José I de Portugal assume o trono. Não tendo nenhum filho varão, quem o substitui é sua filha Maria Francisca como Maria I de Portugal;
  • Dom José (1761–1788) – primogênito de Dona Maria I e do rei Dom Pedro III, morto aos 26 anos, dando lugar ao futuro rei Dom João VI; 
  • Dom Francisco António (1795–1801) – primogênito de Dom João VI, morreu aos seis anos de idade, abrindo caminho para o futuro Dom Pedro I do Brasil (Dom Pedro IV de Portugal); 
  • Dom Miguel (1820 - 1820) – primogênito de Dom Pedro I, morreu no mesmo ano em que nasceu. Abriu caminho para a ascensão de D. Maria II ao trono português e de Dom Pedro II ao trono brasileiro; 
  • Dom Pedro (1837 – 1861) – primogênito de D. Maria II, foi uma das exceções à maldição, reinou por apenas seis anos como D. Pedro V de Portugal. Morreu com apenas 24 anos, devido uma febre tifoide. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, Dom Luís I de Portugal. 
  • Dom Carlos I (1863 – 1908) - primogênito de Luís I, foi também outra exceção à maldição durante a monarquia em Portugal. Foi assassinado juntamente com seu filho primogênito Dom Luís Filipe, em um de fevereiro de 1908, aos 45 anos de idade. O crime precipitou a queda da monarquia portuguesa, em 5 de outubro de 1910. 
No Brasil 

A “praga” continuou a atuar até mesmo após a separação dos tronos do Brasil e de Portugal (1822):
  • Dom Afonso Pedro (1845–1847) – primogênito de Dom Pedro II, morreu em 1845 com menos de dois anos de idade. No ano seguinte, o casal imperial receberia outro golpe com a morte de seu segundo filho, Pedro Afonso, com apenas alguns meses de vida. Acabou sendo herdeira do trono Dona Isabel. Muitos apontam a falta de um herdeiro masculino como uma das causas pela queda da monarquia no Brasil. A possibilidade da ascensão de um aristocrata estrangeiro, ainda que consorte da futura imperatriz, incitava os ânimos nacionalistas.
Curiosidades
  • Graças à origem da maldição, todos os primogênitos que morreram ao longo do período da monarquia brasileira foram enterrados no Convento de Santo Antônio, de frades franciscanos, como se estivessem sendo dados como penhor de arrependimento pela agressão de seu antepassado. 
  • Os frutos de alguns relacionamentos extraconjugais de D. Pedro I acompanharam a coincidência. Foi o caso de seu primeiro filho com a marquesa de Santos, natimorto, e de Pedro, seu primogênito com Noémi Thierry, morto antes de completar um ano. Ainda, com a uruguaia María del Carmen García teve uma criança natimorta. 
Todos esses casos podem até ser somente uma coincidência, mas é estranho, não é?

domingo, 22 de abril de 2012

Santa Rita é notícia - Cidade do Sul de Minas produz mais de 13 mil equipamentos eletrônicos

Cidade do Sul de Minas produz mais de 13 mil equipamentos eletrônicos

Santa Rita do Sapucaí, no Vale da Eletrônica, tem 142 empresas. 
Cidade é única do país a produzir e exportar tokens e transmissores digitais. 

Quase um quarto de todos os moradores de Santa Rita do Sapucaí, a 400 km de Belo Horizonte, têm envolvimento na produção de artigos eletrônicos, o principal destaque da economia da região. Com menos de 40 mil habitantes, a pequena cidade do sul de Minas Gerais soma 142 empresas e exporta produtos para países como Estados Unidos, Alemanha e Japão. São apenas 265 habitantes para cada empresa localizada ali.

Trabalhador em linha de produção de uma fábrica no
Vale da Eletrônica (Foto: Tiago Campos/G1)

Fundado há 25 anos, o complexo de indústrias conhecido como Vale da Eletrônica gera 10 mil empregos diretos, resultando em 13,7 mil produtos eletroeletrônicos fabricados e um faturamento anual de R$ 1,7 bilhão, segundo números do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel). Santa Rita do Sapucaí se destaca nacionalmente por ser o único centro de indústrias de tecnologia a produzir transmissores e componentes eletrônicos para a transmissão de sinal de TV digital. É ali também que está a única empresa que fabrica as urnas eletrônicas usadas durante as eleições em todo o país, e a produção exclusiva de tokens, um dispositivo de segurança que fornece senhas para sistemas restritos, como contas de bancos.

Números 

O crescimento da produção da região atraiu o interesse de investidores estrangeiros. A Hitachi, multinacional japonesa, fechou um acordo para comprar parte da Linear, a mais antiga empresa do Vale da Eletrônica. A empresa fabrica transmissores e componentes eletrônicos para a transmissão de sinal de TV digital. A Hitachi Kokusai terá uma participação majoritária no negócio.
Um ano de eleição costuma acelerar a produção de urnas na cidade. Somente em 2010, 250 mil urnas foram fabricadas no município. Para o pleito deste ano, outros 35 mil equipamentos foram produzidos. 
Em Santa Rita do Sapucaí são produzidos cerca de 10 mil tokens por dia e já foram vendidos mais de 2,5 milhões destes aparelhos no Brasil e para outras 4 países. A indústria já possui mais de 1 milhão de encomendas feitas pelos principais bancos nacionais, espanhóis e norte-americanos.
Segundo o presidente da Sindvel, Roberto de Souza Pinto, o Vale da Eletrônica passou a a ter forte representação nacional e manteve crescimento contínuo. “Nós plantamos uma semente que brotou uma nova vertical em Santa Rita do Sapucaí. Até o final do ano, teremos pelo menos mais 20 empresas fazendo parte do nosso pólo”, diz. 

O início

O complexo de tecnologia do Sul de Minas surgiu de uma escola fundada em 1959, a primeira voltada para a formação de técnicos em eletrônica da América Latina e a 7ª no mundo. A fundadora, Luzia Rennó Moreira, conhecida como "Sinhá Moreira", se inspirou em uma palestra que assistiu no exterior, com ninguém menos que Albert Einstein, para investir em educação para jovens que não tinham condições de pagar um ensino particular. “O mais interessante a se dizer sobre a idealizadora Sinhá Moreira foi a atitude dela de investir na pequena Santa Rita do Sapucaí com recursos próprios”, conta Pinto.
Atualmente são 142 empresas que oferecem 10 mil postos de trabalho (Foto: Tiago Campos/G1)

Atualmente, 73% dos alunos estudam na escola como bolsistas. Já são mais de cinco mil profissionais formados em 52 anos de história. Quem sai da escola, já tem caminho certo: o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), referência nacional e internacional em pesquisa e formação de profissionais da área de tecnologia. Esse é o caminho direto para quem passa pelo primeiro estágio. O Inatel tem 1,4 mil alunos em cinco cursos superiores. Com uma política de incentivos e profissionais preparados para o desenvolvimento de produtos eletrônicos, em 1986 o município criou a marca do Vale da Eletrônica para atrair investidores de outros cantos do país. A marca é uma analogia ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, o principal polo de tecnologia do mundo. 

Transformando concorrentes em aliados

Para evitar a concorrência entre empresas do mesmo ramo, o Vale da Eletrônica adotou um sistema conhecido como Arranjos Produtivos Locais (APL's). Organizadas neste formato, as pequenas e médias empresas ganham em escala, reduzem custos e conseguem ser mais competitivas, conquistando resultados que dificilmente seriam possíveis com uma atuação isolada.
Entre os benefícios estão compras conjuntas de matéria-prima, melhor negociação com fornecedores, visibilidade, aprendizado coletivo e compartilhamento de processos tecnológicos. Por outro lado, através da articulação com o governo e parcerias com instituições financeiras, é possível obter acordos, tratamento diferenciado nos financiamentos e linhas de créditos especiais, já que empresas participantes oferecem menos risco. 
“É um exemplo bem sucedido de que esse modelo de negócio é certeiro para o alcance de uma economia sustentável. No Vale da Eletrônica, uma indústria se desenvolve em decorrência do negócio da outra, o que estimula o surgimento de novas empresas e a formação de uma cadeia produtiva cooperada”, explica Pinto.
Presidente da Sindvel se reuniu com militares e
representantes da Fiemg (Foto: Tiago Campos/G1)


Na mira das Forças Armadas O desenvolvimento do Vale da Eletrônica chamou a atenção das Forças Armadas Brasileiras. Na segunda quinzena de março deste ano, uma reunião foi proposta pelo Conselho da Indústria de Defesa e Compras Governamentais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Condefesa-Fiemg) para estreitar laços entre a indústria mineira com o setor militar.
Durante a reunião, os militares conheceram 10 empresas de Santa Rita do Sapucaí que foram selecionadas para oferecer tecnologia para o Exército, como por exemplo, na área das telecomunicações e equipamentos cibernéticos. 
Segundo o vice-presidente da Fiemg, Marco Antonio Castello Branco, o Vale da Eletrônica será uma importante aliada para tender à nova demanda do Exército brasileiro. “Esse encontro serviu para que os empresários de Santa Rita do Sapucaí saibam do que as Forças Armadas estão precisando. Entre os projetos estão a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro e o primeiro satélite espacial a ser lançado”, informa. 
O vice-presidente da Fiemg disse que os militares tiveram uma boa impressão da cidade e que agora um processo de catalogação será o primeiro passo para se fazer a parceria.
“O 1º contato já foi feito, os oficiais gostaram muito do que viram e agora iremos capacitar os profissionais. Para isso, teremos que entrar no projeto de catalogação das empresas de Santa Rita do Sapucaí junto às Forças Armadas, que está previsto para o segundo semestre deste ano”, diz Branco.
(Fonte: Tiago Campos e Lucas Soares – G1 Sul de Minas em 22/04/2012)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O santa-ritense que morava com as nuvens

O santa-ritense que morava com as nuvens

“Mantiqueira: lugar onde as nuvens se escondem”. (origem tupi-guarani)

Adoro nomes de lugares bem compridos e que contenham descrições do local. Mineiro é mestre em colocar estes nomes em suas cidades como São Sebastião da Bela Vista, Catas Altas da Noruega, Santa Bárbara do Monte Verde, Santo Antônio do Rio Abaixo, São Sebastião da Vargem Alegre, São Sebastião das Águas Claras (não é cidade, mas um distrito de Brumadinho, conhecido como Macacos, aqui pertinho de BH).
Em São Paulo também há lugares com este tipo de nomenclatura. São João da Boa Vista é um deles. O município está situado na divisa de São Paulo e Minas Gerais, grudadinho com Andradas e é emoldurado pela nossa conhecida Serra da Mantiqueira. No lado paulista, a Mantiqueira é subdividida em Serras das mais variadas: Serra da Paulista, Serra do Deus me Livre, Serra da Fartura, Serra da Cachoeira, Serra do Padre. Pois a nossa história começa aqui, justamente na Serra do Padre e é contada por Josué Grespan, um sanjoanense que não conheço pessoalmente, mas encontrei aqui. Se você nunca foi a São João da Boa Vista e nem conhece o Sr. Josué, provavelmente já deve ter lixado suas unhas com uma lixa Marajó, fabricada por ele. Ele é proprietário da Fazenda Serra da Boa Vista, no alto da Serra do Padre, voltada ao turismo rural e que faz parte do Caminho da Fé. Pois aí é que aparece um santa-ritense na história (sempre fico na dúvida se é santa-ritense ou santarritense. Olhei no IBGE que disse que o gentílico é santa-ritense. Enfim, é o povo "bão" nascido em Santa Rita do Sapucaí).
Josué é parente do padre que dá nome à Serra. O padre José Valeriano de Souza nasceu em Santa Rita do Sapucaí, MG onde estudou e noivou com Ana Norberto. Descobriu-se com vocação sacerdotal, ordenou-se padre e veio para São João como vigário onde ficou por 40 anos. Sua ex-noiva soube que ele morava aqui e veio atrás de seu amor. Reataram sua ligação. Para camuflar o que era tido como ilícito, comprou a Fazenda Serra da Boa Vista, em 1863, instalou-a ali, vivendo maritalmente com ela. Tiveram 7 filhos.
Passava ali de segunda à quarta. Na quinta-feira pegava o escravo Venâncio e ia para a cidade cumprir suas obrigações sacerdotais para com seus paroquianos até domingo. E tudo recomeçava outra vez no alto da Serra. Foi um grande realizador. À sua época foi construído o alicerce da catedral de São João. Benedito Miranda, que dá nome ao bosque na entrada da fazenda, era neto do padre. A fazenda ficou para ele e sua irmã Maria que a deixaram para Josué. O padre José faleceu em 29/01/1898. Êta mineirinho esperto este!!! Soube como ninguém unir o útil ao agradável.
O lugar também teve importante desempenho na Revolução Constitucionalista de 32. Andradas recebeu tropas para atacar o estado paulista. Na ocasião, foram cavadas trincheiras na divisa com São João da Boa Vista antevendo um ataque, que nunca aconteceu. Ainda bem... Assim continuamos tendo ciúmes dos paulistas, mas convivendo em perfeita harmonia com eles. 
(Fonte: utilização de partes do texto Marajó fornece lixas para todo o Brasil publicado em http://www.guiasaojoao.com.br)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Pátria Minas - Resultado do Concurso Paisagens Mineiras

Resultado do Concurso Paisagens Mineiras

Depois de mais de meio milhão de votos recebidos, a imagem vencedora da segunda edição do Paisagens Mineiras foi de Gabriel Oliveira que recebeu 83.734 votos. Ele retratou com sensibilidade o cenário bucólico da Serra dos Alves, distrito de Itabira, na Região Central de Minas, a 145 quilômetros da capital. Em segundo lugar a foto de Antônio Carvalho, que registrou o reflexo da Igreja do Carmo de São João del-Rei e em terceiro lugar, a foto de autoria de Sidney de Almeida, com a imagem da cidade de Oliveira.

Primeiro lugar

Segundo lugar

Terceiro lugar

Gostei... - O lobo e o cordeiro: versões

O lobo e o cordeiro: versões

Dizem que a primeira versão desta fábula é de Demétrios de Phalerum e que Esopo (Grécia), Fedro (Roma), La Fontaine (França) e até Monteiro Lobato (Brasil) apenas a reescreveram. Se abrirmos os jornais essa fábula continua atual. Narro a versão divulgada por La Fontaine e dou minha feroz e mansa contribuição a esse fabulário.

Versão clássica

Dizem que um cordeiro pôs-se a beber num regato de águas limpas. Apareceu por ali um lobo, que parecia estar faminto e, em vez de beber água, foi logo dizendo ao cordeiro:
– Como ousas te meter nessa água que é minha? Vou te castigar por isso.
O cordeiro, respeitosamente chamando o outro de vossa majestade, pediu que o lobo não se irritasse, pois, afinal, o lobo é que estava na parte de cima do riacho, o cordeiro, mais abaixo, e não poderia turvar a água.
O lobo ficou ainda mais furioso e alegou que, além do mais, o cordeiro andava falando mal dele há um ano.
– Como? disse o cordeiro surpreso, se há um ano eu nem havia nascido.
– Ah, então foi seu irmão.
– Mas eu não tenho irmão…
– Então foi algum dos seus, o pastor, os cães e, de qualquer forma, eu vou me vingar.
E assim dizendo, deu um bote no cordeiro, carregou-o para o fundo da floresta e o devorou.

Segunda versão

Um cordeiro estava bebendo água, porém na parte alta de num riacho, quando, de repente , mais abaixo, apareceu um lobo, que começou também a beber da mesma água.
O lobo virou-se para o cordeiro e disse:
– Você está emporcalhando a água que estou bebendo.
– Mas eu cheguei aqui primeiro, disse o cordeiro, você é que se meteu aí embaixo.
– Vocês cordeiros não aprendem nunca. Já tive que comer seu pai e sua mãe por causa disso, no ano passado.
– Por que você não bebe a sua água e me deixa beber a minha em paz?, disse o cordeiro.
– É, vocês cordeiros não leem as fábulas antigas, não estudam história.
E assim dizendo, deu um bote, arrastou o cordeiro para o fundo da floresta e o devorou. (Affonso Romano de Sant´Anna)

Terceira versão

Um lobo chegou à beira de um riacho, instalou-se na parte de cima e começou a beber água, pois estava meio cansado.
Mal começou a beber, notou que outro lobo se aproximava, instalando-se na parte de baixo do riacho, onde começou a beber água.
Iam bebendo, cada um do seu jeito. A água corria, matava-lhes a sede e era abundante.
Mas o lobo que estava abaixo começou a achar que o lobo que estava acima estava sujando sua água.
Incomodado, o lobo olhou o outro:
– Você bem que podia ir beber longe daqui, meu velho, porque esse riacho é meu.
– Sem essa, “ brother,” vê como fala, porque não sou nenhum cordeiro.
E a conversa foi ficando tensa, cada vez mais agressiva, até que os dois se atacaram e se estraçalharam mortalmente. (Affonso Romano de Sant´Anna)

Quarta versão

Um cordeiro chegou à beira de um riacho, instalou-se na parte de baixo começou a beber água.
Estava ali tranquilo quando, na parte de cima do mesmo riacho, surgiu um outro cordeiro que começou a beber da mesma água.
Não se sabe quem começou a implicar com quem. Ambos se achavam com direito à água. Não teve jeito, atracaram-se e se feriram mortalmente.
E ambos eram cordeiros. (Affonso Romano de Sant´Anna)

Dica de diversão - Stand up com Patrick Maia


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Dica de diversão - Na Cartola do Chico


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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Modos e modas - Como transformar um lenço em colete

Como transformar um lenço em colete

Super fácil!

Reduza, Reuse e Recicle - Aprenda a fazer brinquedos

Aprenda a fazer brinquedos

Modos e modas - Embrulhos e bolsas em Furoshiki

Embrulhos e bolsas em Furoshiki

O Furoshiki é uma atitude ecológica e sustentável, pois pode substitui as sacolas plásticas.
É uma técnica japonesa de dobradura de tecido utilizado para transportar roupas, presentes e outras coisas. Era utilizado para embrulhar roupas dos frequentadores dos banhos públicos. O nome Furoshiki se escreve com os ideogramas de “furo” (banho) e “shiki” (abrir, espalhar).
Os tecidos possuem normalmente um formato quadrado e podem ser de seda, nylon ou algodão. Dependendo do formato do que você vai embrulhar a técnica de dobradura muda. Aprenda como embrulhar objetos em Furoshiki e presenteie com elegância. É uma opção original que vai surpreender a todos. Com apenas um pedaço de tecido, você embrulha chocolates, garrafas de vinho, livros e o que mais desejar.
E aprenda também, como fazer dois tipos diferentes de bolsas de Furoshiki, em segundos.
O segredo do Furoshiki está no nó. Ele é muito firme, mas ao mesmo tempo se desfaz com facilidade. Já postei vídeos ensinando a fazê-lo aqui.



Santa Rita é notícia - Polo de MG aproxima-se de militares

Polo de MG aproxima-se de militares

No fim do mês passado, um grande e potencial cliente bateu na porta das empresas de eletroeletrônica baseadas em Santa Rita do Sapucaí. Uma comitiva de militares do Ministério da Defesa reuniu-se com empresários locais para conhecer o tipo de tecnologia fabricado ali. O interesse do ministério é pôr a cidade no mapa de compras de produtos de defesa pelas Forças Armadas.
Santa Rita, de 40 mil habitantes, é o principal polo mineiro de eletroeletrônica. Dali sai uma variedade de equipamentos, componentes e softwares para TV digital, telefonia móvel, segurança e outros. São 11 mil itens e exportações para mais de 40 países. O setor de defesa é novidade para a maioria das pequenas e médias empresas.
A comitiva foi liderada pelo general Aderico Visconde Pardi Mattioli, diretor do departamento de produtos de defesa da secretaria que trata do assunto no ministério. Ele explicou a um grupo de empresários que o ministério se reestruturou e que o governo coloca a indústria de defesa como um dos vetores para o crescimento da economia. E que depois de muito tempo com a demanda represada, há uma retomada do orçamento para o setor.
"Material de defesa é tudo, do coturno ao radar", diz Mattioli. "Santa Rita tem potencial para atender à nossa demanda na área cibernética, de comunicação via rádio, de câmeras de vigilância e equipamentos de visão termal [para uso em locais escuros]." O interesse do ministério é em equipamentos de uso dual - para fins civis e militares. Isso permite que os empresários não dependam das compras governamentais para sobreviver.
O Ministério da Defesa ainda não terminou o diagnóstico que apontará quais são os produtos de maior demanda pelas Forças Armadas. Existe uma grande dependência de importados, principalmente dos produtos de ponta, disse Mattioli. O interesse do governo é incrementar a participação da indústria nacional também nesses segmentos mais avançados.
Para o general, o polo mineiro tem condição para disputar contratos desse tipo. "Os empresários de Santa Rita em algum momento vão participar da cadeia produtiva dos Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant), de mísseis e da cibernética", disse ele.
Marco Antonio Castello Branco, um dos vice-presidentes da Federação das Indústrias de Minas (Fiemg), reforça: "As empresas de Santa Rita têm muito potencial para serem integrantes da cadeia do sistema de defesa, fabricando equipamentos de visão noturna, recursos de mira, cabos para veículos militares, peças para radar." O que faltava até agora, diz, era apresentar as empresas para as Forças Armadas e vice-versa.
(Fonte: Marcos de Moura e Souza - Valor Econômico em 11/04/2012)

Santa Rita em vídeo - Estudantes de Santa Rita do Sapucaí criam protótipo para locomoção de deficientes visuais

Estudantes de Santa Rita do Sapucaí criam protótipo para locomoção de deficientes visuais


Mais uma vez a ETE - Escola Técnica de Eletrônica "Francisco Moreira da Costa" brilha no cenário nacional. Esta reportagem foi ao ar no último dia 12 na EPTV.
Clique aqui para ver a reportagem.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Pátria Minas - Muito mais mineiro

A cena que acena - Ao mestre com carinho

Ao mestre com carinho

Quantas vezes assisti a este filme, nem sei dizer. Muitas e confesso todo ano, dia 15 de outubro (Dia do Professor), dou uma procuradinha na TV para ver se o acho. Algumas vezes tenho sorte. Foi um filme que marcou toda uma geração e creio que os alunos mais rebeldes até ficavam com remorso depois de vê-lo. Esta cena e música são realmente inesquecíveis. No vídeo não aparece a continuação da cena quando dois jovens estudantes novos entram impetuosamente na sala, ironizando o professor e dizendo que estarão em sua classe no próximo ano. Quando eles saem, Mark Thackeray (Sidney Poitier) tira do bolso a proposta de emprego de engenheiro que recebera, rasga-a e a joga no cesto de lixo. E ficamos com a “alma lavada e enxaguada”. Pelo menos em filmes “antigos” o bem sempre vencia.

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Adélia Prado

Para comer depois


Na minha cidade, nos domingos de tarde,

as pessoas se põem na sombra com faca e laranjas.
Tomam a fresca e riem do rapaz de bicicleta,
a campainha desatada, o aro enfeitado de laranjas:
“Eh bobagem!”
Daqui a muito progresso técno-ilógico,
quando for impossível detectar o domingo
pelo sumo das laranjas no ar e bicicletas,
em meu país de memória e sentimento,
basta fechar os olhos:
é domingo, é domingo, é domingo.
(Adélia Prado)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Santa Rita é notícia - Câmara Municipal não pode simplesmente rejeitar plano diretor sem apresentar alternativas

Câmara Municipal não pode simplesmente rejeitar plano diretor sem apresentar alternativas

Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, até hoje não tem um plano diretor, nem regra de uso e ocupação do solo que oriente seu desenvolvimento. Desde 2001, a cidade de 38 mil habitantes vem discutindo uma proposta de plano diretor, que já teve várias versões. Em 2007, através de um processo participativo, finalmente foi elaborado um projeto de lei, que demorou anos para ser enviado à Câmara. Depois de muito tempo empurrando com a barriga, e sob pressão do Ministério Público e de um movimento de cidadãos santarritenses que pede a aprovação do plano, a Câmara Municipal submeteu a proposta à votação na semana passada. O problema é que os vereadores de Santa Rita, por 5 votos a 3, simplesmente rejeitaram o projeto.
A questão é que, como toda cidade com mais de vinte mil habitantes, Santa Rita é obrigada pela Constituição Federal a ter um plano diretor. O Estatuto da Cidade, inclusive, estabeleceu o ano de 2006 como prazo para que os municípios aprovassem seus planos. Os vereadores poderiam modificar o plano, apresentando propostas de emendas para artigos específicos ou, até mesmo, um substitutivo integral, desde que devidamente justificados, claro. O que eles não podem é achar que o assunto está encerrado com a rejeição do Projeto de Lei.
Diante de uma situação como esta, certamente o Ministério Público agirá para que se cumpra a Constituição e o Estatuto da Cidade. Isso significa que todos os vereadores e prefeitos de Santa Rita – inclusive de gestões passadas – estão desde já sujeitos a sanções por improbidade administrativa e podem chegar a perder seus mandatos ou até ficar inelegíveis.
Embora seja uma cidade ainda pequena, Santa Rita do Sapucaí vem conhecendo uma dinâmica econômica positiva, crescendo e se transformando rapidamente especialmente com a expansão da indústria eletrônica. E os efeitos desse crescimento sem planejamento já são visíveis. Para se ter uma ideia, a expansão da cidade vem se dando sobretudo em uma área de várzea, inundável. Além disso, a diferença da qualidade urbanística entre os bairros também salta aos olhos. É paradoxal e chocante uma cidade que tem uma alta qualidade e densidade tecnológica e educacional ser incapaz de implantar um modelo de planejamento e gestão urbanística a sua altura…
Em meio a tudo isso, é importante destacar a atuação do Movimento Ágora, que reúne cidadãos preocupados e comprometidos com o futuro da cidade. A aprovação do plano diretor participativo é uma das bandeiras do grupo, que vem se reunindo semanalmente no coreto da praça. Num dos cartazes espalhados por estabelecimentos comerciais, o grupo pede: “Vereadores, aprovem o plano diretor de Santa Rita”. Esta é a notícia boa em meio a tantas notícias ruins: em Santa Rita do Sapucaí – como em muitas cidades brasileiras – cada vez mais temos cidadãos indignados com o crescimento a qualquer custo, excludente e insustentável, e dispostos a lutar para superá-lo.
(Fonte: Blog da Raquel Rolnik em 10/04/2012)

Bão dimais - Escondidinho de morango

Escondidinho de morango

Ingredientes: 1 lata de leite condensado * 2 bandejas de morangos limpos (600 gramas) * 1 lata de creme de leite * 500 gramas de chocolate meio amargo derretido * 1 xícara (chá) de nozes picadas
Modo de fazer: Em uma panela de pressão, coloque a lata de leite condensado, cubra com água, tampe e leve ao fogo baixo por 40 minutos, após iniciada a pressão. Deixe esfriar totalmente.
Em um refratário médio coloque os morangos e reserve. Em uma tigela, coloque o leite condensado cozido e o creme de leite e misture até ficar homogêneo. Acrescente o chocolate derretido e misture bem. Espalhe sobre os morangos, cobrindo tudo. Polvilhe com as nozes e leve à geladeira por 3 horas.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Serviço - Site muito útil na hora de comprar remédios

Site muito útil na hora de comprar remédios

Você informa o nome do remédio e ele, além de dar o preço médio no seu estado, ainda diz os nomes de medicamentos genéricos e similares.

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Comercial legal - Coca-Cola

Serviço - Preço do Táxi

Preço do Táxi

Há algum tempo atrás recebi um e-mail do meu amigo José Henrique dando a dica de saber o preço do táxi antes mesmo de fazer uso dele. É claro que não dá o valor exatinho, mas serve para você ter uma ideia de quanto vai gastar em determinado trajeto.
É só você escolher a cidade (são várias as possibilidades), determinar o destino (partida e chegada) e pronto!
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Saúde - Autocontrole através da respiração correta

Autocontrole através da respiração correta

Todos nós temos nossos instantes de raiva e muitas vezes temos vontade de estrangular o responsável por este sentimento. O coração dispara, as pupilas ficam dilatadas e a respiração curta. Nessas horas prendemos o ar e aumentamos o nível de gás carbônico no corpo. O organismo entende que precisamos de oxigênio e passamos a respirar mais rápido. O desequilíbrio faz com que aumente o número de batimentos cardíacos e a pressão arterial. Pensamos que vamos morrer. E morrer de raiva. Ás vezes nem contar até mil resolve. É preciso ter autocontrole e com treino somos capazes de melhorar o controle emocional. Pensando bem, você morre e o outro (a) fica aí, vivinho (a) da silva.
Na hora que der vontade de rodar a baiana, o velho truque de controlar a respiração ajuda de verdade. Treine sempre e não apenas quando estiver soltando fogo pelas ventas.
Ao controlar a respiração mandamos uma mensagem para o corpo de que está tudo bem.
1- Inspire pelo nariz, contando até quatro, inflando a barriga.
2- Retenha o ar por dois tempos.
3- Expire contando de seis a oito. Repita o exercício por mais ou menos cinco minutos.
Este vídeo também ajuda a aprender a manter a calma através do controle da respiração. Respire bem antes que o estresse da vida moderna vença a parada.

Persona - Cora Coralina

Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas - Cora Coralina (Cidade de Goiás, 20 de Agosto de 1889 - Goiânia, 10 de Abril de 1985)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Você sabia? - Centenário do Mazzaropi

Quem não se lembra do andar desengonçado do Jeca Tatu que parecia estar sempre com as botinas lhe apertando os calos? Do Jeca capaz de arrancar boas gargalhadas e, outras vezes, lágrimas do mesmo espectador.
Na minha juventude (época em que nos preocupamos tanto com o que os outros vão pensar ou dizer a nosso respeito) assisti a muitos dos seus filmes. Carmen Luíza e eu pagávamos seu irmão pequeno para ficar na fila enorme e comprar nossos ingressos. Ir ver o Mazzaropi era, como se diz hoje, pagar mico. Ficávamos sentadas em um banco da Praça Santa Rita como quem não quer nada. Com os ingressos na mão, olhávamos para nos certificarmos de que não havia ninguém conhecido por perto e entrávamos. Ríamos a valer e na saída novamente tínhamos toda a cautela para não sermos flagradas cometendo tamanho delito.
Como a maturidade nos transforma! Hoje, iria ao cinema tranquilamente e veria tudo com outros olhos. Estaria analisando e questionando o porquê daquele personagem ser capaz de atrair pessoas de todas as classes e idades. Pensando bem, acho que é porque todos nós somos um pouco Jeca Tatu. Ainda bem!!!

Centenário do Mazzaropi

Amácio Mazzaropi (São Paulo, 9 de Abril de 1912 – São Paulo, 13 de Junho de 1981)

Sua importância para o cinema nacional vai além do personagem Jeca Tatu que criou em 1960. Foi um cineasta, produziu filmes por conta própria e montou os maiores estúdios da América Latina nos anos 1970. É justamente esse lado empreendedor, menos conhecido do público em geral, que torna a figura do ator, diretor, roteirista e produtor tão mais interessante. Em três décadas, Mazzaropi fez 32 filmes.
Estreou no cinema em 1952, com Sai da frente, na lendária Vera Cruz. Na companhia cinematográfica de Franco Zampari ainda faria duas produções. Com a decadência da Vera Cruz, filmou em outras produtoras. Até que, no final dos anos 1950, decidiu criar sua companhia, PAM (Produções Amácio Mazzaropi), filmes e passou, a partir de Chofer de praça, a produzir e distribuir os próprios filmes. Em 1961, criou em Taubaté, interior de São Paulo, seu estúdio de gravação, inaugurado com Tristeza do Jeca (1961), seu primeiro filme em cores.
Acreditava que cinema era diversão e era com este pensamento que fazia seus filmes. Incorporou o caipira no sentido maior. Pode ser de São Paulo, Minas Gerais ou de qualquer lugar do mundo, o Jeca universal, o matuto. Com seus próprios filmes, atingiu audiências de 3 milhões de pessoas. Era um cinema popular, de entretenimento.

Homenagem ao mestre

Mazzaropi chegou a Taubaté com os pais, o imigrante italiano Bernardo Mazzaropi e a portuguesa Clara Ferreira, aos 2 anos. Passou a maior parte de sua vida na cidade do interior de São Paulo. Hoje, ela o reverencia. Por meio do Instituto Mazzaropi, fundado em 2000, mantém o Museu e o Hotel Fazenda Mazzaropi. Os dois espaços foram adaptados no lugar onde Mazzaropi criou, na década de 1970, os estúdios da PAM Filmes.
A cidade paulista promove a Semana do Centenário Mazzaropi, que será realizada de 09/04 a 13/04. Mais informações: www.centenariomazzaropi.com.br.
(Fonte: baseado em texto de http://www.divirta-se.uai.com.br)

Historinhas - O segredo da casca da laranja

O segredo da casca da laranja

Sempre achei que existe um fio ligando o olfato à memória. Quando o cheirinho do café coado entra pelo nosso nariz, parece que estamos acordando na casa da nossa mãe, vestindo o uniforme do grupo escolar e nos preparando para ir para a escola.
Foi isto que aconteceu comigo ontem. Meu marido descascou uma laranja para minha filha que enrolou a casca comprida em formato de flor, cheirou-a e disse:
- Olha mamãe, como cheira bom!
Quando também a cheirei, fui logo abrindo o baú da memória onde guardo as coisas boas da infância, prontas para saltar para fora.
Fui me lembrando dos inúmeros aniversários comemorados na minha família. Família grande, dinheiro curto, mas meu pai nunca deixava nosso aniversário passar em branco. Estou até ouvindo minha mãe dizer:
- Tem que fazer uma coisinha, um bolinho qualquer.
Sabíamos que vó Quininha, minha madrinha Tita e Cila iriam aparecer lá em casa. Não se esqueciam de nenhum aniversário. No começo da noite, elas chegavam.
Tempos depois vinham a Tita e a Cila, vovó já tinha partido e por último apenas a tia Cecília Gomes (Cila). Nossa tia, se não de sangue, de afeto. Fora criada com papai desde pequena. Até quando pode, antes de ficar cega, costumava ir nos dar seu abraço afetuoso.
Por isso, havia sempre um bolinho com K-suco. Até o Guaraná Regina, creio que fabricado pelo Sr. Alcion Brentan e vendido na Avenida Sinhá Moreira, era fora de nossas possibilidades. Meu Deus! Escrevi isto e já veio outro fio amarrado. Lembrança puxa lembrança. Quando ganhávamos um guaraná caçula (era assim que se chamava a garrafinha pequena de refrigerante) para render bastante não tirávamos a tampinha com o abridor. Fazíamos um pequeno furinho com um prego fino e íamos tomando, aos poucos, para durar bastante. O líquido descia lentamente garganta abaixo e dava uma sensação gostosa de frescor. Rapidamente tirávamos a garrafa da boca e conferíamos se não tínhamos exagerado na dose. Que bom! Ainda restava quase que a garrafa cheia. Acho que é por isso que sou econômica até hoje. Aprendi cedo que as coisas boas da vida devem ser sorvidas lentamente e aproveitadas até a última gota.
Voltemos à casca de laranja e ao bolo. O bolo era feito por minha mãe, no dia anterior à data do aniversário. Podíamos escolher o formato redondo ou retangular. Geralmente a aniversariante tinha a obrigação de ajudar, batendo as claras em neve (eu odiava!), lavando as vasilhas que iam sendo desocupadas e o pior – untando a forma (até hoje detesto fazer isto, sentir os dedos besuntados de manteiga). Enquanto o bolo ia assando, era hora de fazer o recheio.
Leite condensado? Nem pensar... Só conhecia seu sabor da casa de minha bisavó, nas grandes ocasiões. E grande ocasião era quando eu ouvia a Tita falando:
_ O Walter e a Zaíde vão chegar!
E era um tal de lustra tudo, lava tudo, arruma tudo. Lençóis e toalhas de linho sendo lavados, engomados e passados com o ferro cheio de brasa vermelha. Subia um cheiro gostoso no ar... Até hoje este cheiro também brinca na minha cabeça. Cobertores grossos iam sendo levados diretamente para o sol. Ficavam lá, o dia todo, pendurados no varal para sair o cheiro de armário. Eram feitos pudins e pavês deliciosos e eu tinha o direito de raspar as latas de Leite Condensado com meus dedos (sempre ouvindo a recomendação de ter cuidado) e lambê-los até que aquele gostinho bom sumisse totalmente. A rotina da casa era totalmente mudada para esperar o casal que eu pensava que morava num reino muito distante chamado Rio de Janeiro.
Não, nada deste ingrediente caro. Fora de cogitação. O recheio do bolo lá de casa era um mingauzinho de leite e açúcar engrossado com maisena. E aí que está o grande segredo - para dar um gostinho bom era colocada, para ferver junto, uma casca de laranja inteira, comprida que ficada brincando de enroscar na colher de pau enquanto mexíamos o creme. E o aroma de laranja ia invadindo a cozinha...
Bolo e recheio prontos! Agora era aguardar a chegada do meu pai, vindo do trabalho. Rechear e enfeitar era trabalho destinado a ele, já que a paciência da mamãe era muito curta para tantas exigências infantis. Papai partia o bolo ao meio, sobre uma toalha, no sentido horizontal e tirava a parte de cima com grande maestria. Não quebrava um só pedacinho. Punha a parte inferior numa bandeja, espalhava, com uma faca, uma farta camada do recheio de laranja sobre ela e, sem eu entender bem como conseguia fazer aquilo, colocava novamente a parte superior da massa. Eu o achava um boleiro de mão cheia, sem contar que ele também conseguia virar panquecas jogando-as no ar. Para mim e meus olhos de criança, ele era um verdadeiro mágico na cozinha.
Agora era só confeitar... Mais claras em neve bem firme. Algumas gotas de limão e açúcar, açúcar, açúcar. Colheradas e mais colheradas. Hoje, só de pensar naquele suspiro engordo uns três quilos. Ninguém queria o bolo com o suspiro passado com a faca, lisinho sem nenhuma obra de arte. Começava o nosso grande dilema. Pegávamos na gaveta os apetrechos de confeitar. Era um saco de nylon com uma rosca metálica na ponta onde se encaixavam os inúmeros bicos. Na minha casa, os bicos tinham nomes: pitanga grande, também chamado de pitangona, pitanguinha, cobrinha, macarrão crespo, tripa fina e outros tantos que a nossa imaginação criara de acordo com a forma que o suspiro ia tomando quando saia vagarosamente pelo bico até pousar na superfície do bolo. Todos nós éramos exagerados, queríamos todos os arabescos possíveis. Só a paciência de Jó do papai era capaz de satisfazer tantos desejos.
Nunca me esqueci do meu bolo mais bonito. Começou redondo, lisinho na parte de cima e nas laterais. Muitas pitangonas brancas foram colocadas bem rentes à bandeja. Pensei que já estava pronto e o achei um tanto sem graça. Então o artista-pai fez a grande surpresa, “la grand finale”. Colocou um pouco de chocolate em pó no resto do suspiro e com o bico de cobrinha e as mãos, antes bem firmes, desenhou números marrons na superfície. Depois, dois ponteiros – um maior na direção do doze e o menor apontando para o número nove. Pronto!!! Eram nove horas e naquele momento ouvi as nove badaladas do relógio da matriz de Santa Rita.

sábado, 7 de abril de 2012

Na vitrola aqui de casa - Carta de amor

De onde vem? - Dar de mão beijada

Dar de mão beijada

Dar (deu) de mão beijada significa dar de graça, espontaneamente, sem pedir nada em troca.
Com o significado de entrega espontânea, esta frase nasceu do rito empregado nas doações ao rei ou ao papa. Em cerimônia de beija-mão, os fiéis mais abastados faziam suas ofertas, que podiam ser terra, prédios e outras dádivas generosas. O papa Paulo IV (1476-1559), em documento de 1555, aludiu a esses meios regulares de provento sem ônus, dividindo-os em oblações ao pé do altar e de mão beijada. Desde então a frase tem sido aplicada para simbolizar favorecimentos.
A expressão é também muito usada no meio esportivo quando um time interfere no resultado final da partida facilitando a disputa para o adversário.

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Affonso Romano de Sant´Ann

A fala de Deus


Houve um tempo em que Deus falava hebraico.


Passou depois a falar latim

após um rápido estágio pelo grego.



Atualmente há quem afirme

que optou pelo inglês
embora em algumas tribos
xamãs se comuniquem com os seus
em incompreensíveis dialetos.



Isto apenas prova

que Deus é poliglota.
Se não
porque inventaria a Torre de Babel?



Só não entendo porque alguns se apresentam

como seus tradutores e intérpretes
quando ele claramente fala
pela voz dos pássaros e das flores



ou quando pela boca das bactérias

destrói (silencioso)
— nossa empáfia verbal.
(Affonso Romano de Sant´Anna)

Zenzando na rede

Já tentei diante do fogão cheio de panelas destampadas. Aviso: NÃO FUNCIONA!!!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Truques e quebra-galhos - Como descascar uma cabeça de alho em menos de 10 segundos

Como descascar uma cabeça de alho em menos de 10 segundos


Comercial legal - De Lijn

Recebi por e-mail da minha amiga Regina e adorei. Muito divertidas e interessantes estas três publicidades de uma empresa de transportes da Bélgica, De Lijn. Uma animação bem criada, onde animais se juntam para superar as dificuldades.





Fragmentos - “Frida Kahlo, o martírio da beleza – Pequenas Epifanias”

"Há anos Frida Kahlo me persegue. Tentei fugir, não consegui. Desde os anos 70, redescoberta pelas feministas, quando fotos dela começaram a aparecer nas revistas, eu tinha medo. E me recusava a ler. Bastava aquele rosto duro, de pedra, metade asteca, metade etrusco, buço e sobrancelhas cerrados, olhar direto, arrogante. Sem saber quase nada, eu intuía qualquer coisa terrível na história de Frida."
(Caio Fernando Abreu em “Frida Kahlo, o martírio da beleza – Pequenas Epifanias”)
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