sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Minas são muitas - Santana do Paraíso

“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” (Guimarães Rosa)

Santana do Paraíso

(Igreja Matriz de Nossa Senhora de Santana - Foto do Márcio)

Região: Vale do Rio Doce
Padroeira: Nossa Senhora de Santana
Festa da Padroeira: 25 de Julho

Localização


História

No reinado de Dom João VI, a atual Santana do Paraíso era uma região inóspita, que foi entregue às autoridades portuguesas no projeto de “civilização” dos nativos Nack-ne-nuck, índios bravios descendentes dos Aimorés, do grupo Tapuia e do tronco linguístico Macro-Jê. Em 1809, Dom João VI determinou a ocupação dessa região por tropas nacionais e, na divisão, as terras do município passou a pertencer à 1ª Divisão Militar do Rio Doce.
Essa Região Militar foi entregue a Antônio Rodrigues Taborda, que comandava ações de ocupação de terra e combatia a resistência dos índios, apelidados de botocudos devido aos ornamentos que utilizavam, principalmente nos lábios.
A administração das Regiões Militares, porém, revelou-se um grande fracasso. A maior dificuldade na época era encontrar homens para adentrar a densa mata, enfrentar os índios e a febre, o que fez com que o rei de Portugal reestruturasse as Divisões Militares, nomeando o francês Guido Marliére como administrador geral do Rio Doce, a partir de 1819.
Osvaldo Aredes sustenta que o processo de ocupação de Santana do Paraíso é mais antigo que os demais municípios do Vale do Aço. O território da margem esquerda do rio Doce (a oeste do rio) esteve ligado diretamente à fase áurea da mineração em Minas Gerais, e tinha no município de Ferros – ao qual o então distrito pertencia, entre 1892 e 1923 – uma referência para os moradores da região.
No final do século XIX, o local onde se construiu a cidade era um ponto de tropeiros que faziam a rota ligando a região do Calado, atual Coronel Fabriciano, ao município de Ferros. As tropas, vindas geralmente de Antônio Dias, passavam pelo Calado e por Barra Alegre (atual distrito de Ipatinga) e, para seguir até o Achado, tinham que passar pelo então povoado de Taquaraçu, subindo a Serra do Chico Lucas e seguindo viagem em direção a Ferros.
A Cachoeira do Engelho era a preferida pelos tropeiros para o seu descanso. Ao longo dos anos as tropas foram aumentando e a margem da cachoeira acabou se transformando num importante centro comercial.
No início do Século XX, com a chegada da Estrada de Ferro Vitória Minas, a região passou a experimentar um grande crescimento demográfico, com o aumento considerável de fazendeiros e produtores rurais que sonhavam escoar a produção agrícola pelo caminho de ferro em direção a Itabira e a Figueira do Rio Doce (atual Governador Valadares).
O local viveu uma fase de estagnação, até a chegada da siderurgia à região, primeiro com a construção da Acesita, em meados dos anos 40, e depois da Usiminas, no final dos anos 50.

Datas Históricas

1892 – Criado o Distrito com a denominação de Ipanema, subordinado ao município de Itabira.
1911 – O distrito de Ipanema tomou o nome de Santana do Paraíso e foi transferido do município de Itabira para o de Santana dos Ferros.
1923 - O distrito de Santana do Paraíso foi transferido do município de Ferros (ex-Santana dos Ferros) para o novo município de Mesquita.
1992 - Elevado à categoria de município com a denominação de Santana do Paraíso e desmembrado de Mesquita.

O município

Santana do Paraíso é um município do estado de Minas Gerais. Ocupa uma área de 276,06 km². Sua população, em 2010, era de 27 265 habitantes. Junto com Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo forma a Região Metropolitana do Vale do Aço.
A agricultura representa a menor parcela da economia de Santana do Paraíso.
O turismo em Santana do Paraíso se destaca especialmente pelo turismo natural, com cachoeiras e pequenos rios ideais para prática de esportes radicais. Oferece, como atrativos turísticos, a cachoeira do Paraíso com três lagos artificias de águas correntes, escorregador de pedra, duas cascatas e várias quedas menores, e a cachoeira Engenho Velho, também com dois lagos artificiais, no leito do ribeirão, ambos com área para camping, além da lagoa da Prata, onde são realizados passeios de barco.
Outro importante atrativo é a Festa de Santo Antônio, que ocorre anualmente no mês de julho. É bastante conhecida pela fogueira montada e que possuía cerca de 29 metros. Entretanto, devido a um acidente ocorrido no ano de 2004, na cidade vizinha de Mesquita, o tamanho foi reduzido para 14 metros, a pedido do corpo de bombeiros.
(Fontes: IBGE, http://www.santanadoparaiso.mg.gov.br)

Blog: Faltam 790 municípios.

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